quinta-feira, 13 de novembro de 2014

REGRA S, SS, Ç, SC

Grupo 01

a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO:

intento = intenção
canto = canção
exceto = exceção
junto = junção

b) Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER:

deter = detenção
reter = retenção
conter = contenção
manter = manutenção

c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR:

infrator = infração
trator = tração
redator = redação
setor = seção

d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO:

introspectivo = introspecção
relativo = relação
ativo = ação
intuitivo – intuição

e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R:

reeducar = reeducação
importar = importação
repartir = repartição
fundir = fundição

f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s:

eleição
traição

Grupo 02

a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR:

pretender = pretensão, pretensa, pretensioso
defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão, compreensivo
repreender = repreensão
expandir = expansão
fundir = fusão
confundir = confusão

b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR:
inverter = inversão
converter = conversão
perverter = perversão
divertir = diversão

c) Usa-se s após ditongo quando houver som de z:
Creusa
coisa
maisena

d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos:
Luísa
Heloísa
Poetisa
Profetisa

Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z.

e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR:

concorrer = concurso
discorrer = discurso
expelir = expulso, expulsão
compelir = compulsório

f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR:

ele pôs
ele quis
ele usou

g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE:

frase
tese
crise
osmose
• Exceções: deslize e gaze.

h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA:

horrorosa
gostoso
• Exceção: gozo

Grupo 03

a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:

Teresa = Teresinha
Casa = casinha
Mulher = mulherzinha
Pão = pãozinho

b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:

improviso = improvisar
análise = analisar
pesquisa = pesquisar
terror = aterrorizar
útil = utilizar
economia = economizar

c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalidade, títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:

Teresa
Camponês
Inglês
Embriaguez
Limpeza

Grupo 04

a) Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com SS:

exceder = excesso, excessivo
conceder = concessão
proceder = processo

b) Os verbos terminados em PRIMIR terão palavras derivadas escritas com PRESS:

imprimir = impressão
deprimir = depressão
comprimir = compressa

c) Os verbos terminados em GREDIR terão palavras derivadas escritas com GRESS:

progredir = progresso
agredir = agressor, agressão, agressivo
transgredir = transgressão, transgressor

d) Os verbos terminados em METER terão palavras derivadas escritas com MISS ou MESS:

comprometer = compromisso
prometer = promessa
intrometer = intromissão
remeter = remessa

Source:
http://falabonito.wordpress.com/2006/09/...

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS


Conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples e compostas:



PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas a partir de outras.



Exemplo: pedra, casa, paz, etc.



PALAVRAS DERIVADAS
– palavras que são formadas a partir de outras já existentes.



Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro).



PALAVRAS SIMPLES
– são aquelas que possuem apenas um radical.



Exemplo: cidade, casa, pedra.



PALAVRAS COMPOSTAS
- são palavras que apresentam dois ou mais radicais.



Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva.



Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição.


DERIVAÇÃO



É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras:



Prefixal;


Sufixal;


Parassintética;


Regressiva;

Imprópria.



PREFIXAL
– processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical.



Exemplo: desfazer, inútil.

SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo a um radical.


Exemplo: carrinho, livraria.


PARASSINTÉTICA
– processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical.



Exemplo: anoitecer, pernoitar.



OBSERVAÇÃO : Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal.



REGRESSIVA - processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos.



Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar)

O debate foi longo. (do verbo debater)



IMPRÓPRIA
- processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere.



Exemplo: O jantar estava ótimo


COMPOSIÇÃO



É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas:



JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO




JUSTAPOSIÇÃO
– quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composição.



Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque)



AGLUTINAÇÃO
– quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia.



Exemplo: planalto (plano + alto)



Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e onomatopéia.


ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO




É a forma reduzida apresentada por algumas palavras:



Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta).


HIBRIDISMO



É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes.



Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego).


ONOMATOPÉIA




Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza.



Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!.



OBS: A estrutura das palavras contém o radical (elemento estrutural básico), afixos (elementos que se juntam ao radical para formação de novas palavras – PREFIXO e SUFIXO), as desinências (nominais – indicam gênero e número e verbais – indicam pessoa, modo, tempo e número dos verbos), a vogal temática (que indicam a conjugação do verbo – a, e, i) e o tema que é a junção do radical com a vogal temática. Já no processo de formação das palavras temos a derivação, subdividida em prefixal, sufixal, parassíntese, regressiva e imprópria e a composição que se subdivide em justaposição e aglutinação. Além desses dois processos temos o hibridismo, a onomatopéia e a abreviação como processos secundários na formação das palavras.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Conceitos básicos:

Observe as seguintes palavras:

escol-a
escol-ar
escol-arização
escol-arizar
sub-escol-arização

Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento destacável -ar.

Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema.

Classificação dos morfemas:

Radical

Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal.

Afixos


Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol- criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir modificações de significado no radical a que são acrescentados.

Desinências


Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).

Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desinências nominais e desinências verbais.

• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as desinências -o/-a:
garoto/garota; menino/menina

Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):




cant-á-va-mos


cant-á-sse-is

cant: radical


cant:
radical

-á-: vogal temática


-á-: vogal temática

-va-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicativo)


-sse-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjuntivo)

-mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural)


-is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural)



Vogal temática

Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas.

• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática.

• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à terceira conjugação.




primeira conjugação


segunda conjugação


terceira conjugação

govern-a-va


estabelec-e-sse


defin-i-ra

atac-a-va


cr-e-ra


imped-i-sse

realiz-a-sse


mex-e-rá


ag-i-mos



Vogal ou consoante de ligação


As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

terça-feira, 16 de setembro de 2014

COLOCAÇÃO PRONOMINAL



Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.

Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.
PRÓCLISE

Usamos a próclise nos seguintes casos:

(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

- Nada me perturba.
- Ninguém se mexeu.
- De modo algum me afastarei daqui.
- Ela nem se importou com meus problemas.

(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

- Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
- É necessário que a deixe na escola.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

(3) Advérbios

- Aqui se tem paz.
- Sempre me dediquei aos estudos.
- Talvez o veja na escola.

OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

- Aqui, trabalha-se.

(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.

- Alguém me ligou? (indefinido)
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

(5) Em frases interrogativas.

- Quanto me cobrará pela tradução?

(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

- Deus o abençoe!
- Macacos me mordam!
- Deus te abençoe, meu filho!

(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

- Em se plantando tudo dá.
- Em se tratando de beleza, ele é campeão.

(8) Com formas verbais proparoxítonas

- Nós o censurávamos.
MESÓCLISE

Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, ...) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, ...)

- Convidar-me-ão para a festa.
- Convidar-me-iam para a festa.

Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.

- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
ÊNCLISE

Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.

- Tornarei-me....... (errada)
- Tinha entregado-nos..........(errada)

Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.

- Entregar-lhe (correta)
- Não posso recebê-lo. (correta)

Outros casos:
- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.

OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise:

- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.

- Havia-lhe contado a verdade.
- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.

AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

Infinitivo
- Quero-lhe dizer o que aconteceu.
- Quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
- Ia dizendo-lhe o que aconteceu.

Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Infinitivo
- Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio
- Não lhe ia dizendo a verdade.
- Não ia dizendo-lhe a verdade.

CRASE




A crase ocorre quando temos que juntar duas vogais iguais em uma frase. Por exemplo, a preposição "a" seguida do artigo "a", resultará no "a" com crase.

A crase é representada por um traço invertido em cima da vogal (acento grave): à

crasePor ser formada pelo artigo "a", a crase só aparecerá antes de palavras femininas.

Uma boa dica para saber se existe crase em uma vogal, é trocar a palavra feminina para uma masculina. Se nessa troca, aparecer "ao(s)", significa que existe crase. Exemplo:

Vou à igreja -> Vou ao shopping.

Note que a verbo ir (vou) exige preposição, e igreja é uma palavra feminina. Quando trocada por "shopping", o "a + a" tornou-se "ao". Então existe crase.

Nunca existirá crase antes de:


Palavras masculinas
Verbos
Entre palavras repetidas (dia-a-dia)
antes de artigos indefinidos (um, umas, uns, umas)
antes de palavras no plural se o "a" estiver no singular
antes de numeral cardinal (exceto se indicarem hora)

Sempre ocorrerá crase:

Antes de locuções prepositivas, adverbiais e conjuntivas: às vezes, à toa, à esquerda, à noite ..
antes de numeral cardinal indicando hora

Pode ou não ocorrer crase

- Antes de nomes de cidades, lugares, países, etc. Um bom truque para saber se vai crase ou não, é encaixar a palavra em questão na frase:

"Vou a, volto da, crase há! vou a, volto de, crase pra quê?"

terça-feira, 13 de maio de 2014

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas



Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.

Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem
que passava naquele momento.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento.

Exemplo 2:

O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".

Saiba que:

A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.

Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer.

Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.

No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva.

Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.

Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.

Observações:

As orações subordinadas adjetivas podem:

a) Vir coordenadas entre si;

Por Exemplo:
É uma realidade que degrada e assusta a sociedade.

e = conjunção

b) Ter um pronome como antecedente.

Por Exemplo:
Não sei o que vou almoçar.

o = antecedente

que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

sexta-feira, 25 de abril de 2014

TABELAS DAS ORAÇÕES COORDENADAS, SUBORDINADAS E PRONOMES RELATIVOS


Tabela de orações coordenadas e subordinadas


Conjunções coordenativas


Orações coordenadas


(orações independentes com sentido completo)

• aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda;

• adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não obstante, apesar disso;

alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou … ou, ora … ora, quer … quer;

conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso;

explicativas (justificação): – pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.


Conjunções integrantes -(que, se, como, quando)

Orações subordinadas substantivas - (orações dependentes que exercem função sintática de sujeito, objetos (direto e indireto), complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto).

• Subjetivas
 • Objetivas diretas
 • Objetivas indiretas
 • Completivas nominais
 • Predicativas
 • Apositivas




Conjunções subordinativas adverbiais



Orações subordinadas adverbiais (orações dependentes que exercem função sintática de adjunto adverbial)

• causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como(= porque), desde que;

• comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que;

• condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a menos que;

• consecutivas (consequência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. – indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;

• conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como;

• concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que;

• temporais:
quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que;

• finais – a fim de que, para que, que;

• proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos);


Pronomes relativos

(que, quem, onde, o qual, a qual, as quais, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas)


Orações subordinadas adjetivas
(orações dependentes que exercem função de adjunto adnominal)


• Restritivas (sem vírgula)

• Explicativas (entre vírgulas)

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS




Oração Conjunções adverbiais


Causal
- porque, visto que, como, uma vez que, posto que, etc. A cidade foi alagada porque o rio transbordou.

Condicional - se, caso, desde que, contanto que, sem que, etc. Deixe um recado se você não me encontrar em casa

Conformativa - conforme, consoante, como, segundo, etc. Tudo ocorreu como estava previsto.

Consecutiva - que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que, etc. A casa custava tão cara que ela desistiu da compra.

Comparativa - como, que, do que, etc. Ele tem estudado como um obstinado (estuda).

Concessiva - embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que, etc. Embora tudo tenha sido cuidadosamente planejado, ocorreram vários imprevistos.

Final para que, a fim de que, que, porque, etc. Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir melhor.

Proporcional - à medida que, à proporção que, quanto mais...tanto mais, quanto mais...tanto menos, etc. Quanto menos trabalho, tanto menos vontade tenho de trabalhar.

Temporal - quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, antes que, desde que, etc. Eu me sinto segura assim que fecho a porta da minha casa.


sábado, 18 de janeiro de 2014

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA

As orações subordinadas substantivas exercem função sintática própria do substantivo. São geralmente introduzidas por conjunções integrantes, como que e se. Ex: Interessa-me que você compareça. oração principal oração subordinada substantiva Classificação das orações subordinadas substantivas As orações subordinadas substantivas podem funcionar como: - subjetiva: funciona como sujeito do verbo da oração principal. O verbo da oração principal se apresenta sempre na terceira pessoa do singular e nessa não há sujeito, o sujeito é a oração subordinada. Ex: É necessário que se estabeleça regras nesta empresa. - objetiva direta: exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, sem auxílio de preposição, indicando o alvo sobre o qual recai a ação desse verbo. Ex: Quero saber como você chegou aqui. - objetiva indireta: funciona como objeto indireto do verbo da oração principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, com auxílio de preposição, indicando o alvo do processo verbal. Ex: Mariana lembrou-se de que Manoel chegaria mais tarde. - completiva nominal: funciona como complemento nominal de um nome da oração principal. Está sempre ligada a um nome da oração principal através de preposição. Ex: Tenho certeza de que não há esperanças. - predicativa: funciona como predicado do sujeito da oração principal. Está sempre ligada ao sujeito da oração principal através de verbo de ligação. Ex: Minha vontade é que encontres o teu caminho. - apositiva: funciona como aposto de um nome da oração principal. Está sempre ligada a um nome da oração principal, sem o uso de preposição e sem mediação de verbo de ligação. Ex: Faço apenas um pedido: que você nunca abandone os seus princípios. Orações Subordinadas Adjetivas Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo e servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase. Há dois tipos de orações adjetivas: as restritivas e as explicativas. O. S. Adjetivas Restritivas: funcionam como adjuntos adnominais e servem para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada por vírgulas, e restringe, identifica o substantivo ou pronome ao qual se refere. Exemplo: - Você é um dos poucos alunos que eu conheço. Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva - Eles são um dos casais que falaram conosco ontem. Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva O. S. Adjetivas Explicativas: ao contrário das restritivas, são quase sempre isoladas por vírgulas. Servem para adicionar características ao ser que designam. Sua função é explicar, e funciona estruturalmente como um aposto explicativo. Exemplo: - Meu tio, que era advogado, prestou serviços ao réu. Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI - Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves. Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD