quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dicas de leitura

Se você é um leitor que gosta de emoções fortes e apaixonante, então vai aqui algumas dicas de títulos interessantíssimos, você não vai se arrepender.
Em 1.º lugar o maior e mais fantásticos de todos os livros;
A BIBLIA;

* A última música;
* Diário de uma paixão;
* Querido John;
* A cabana;
* Juízo Final;
* Conte-me seus sonhos;
* Amanhecer;
* Um amor para recordar;
* Um girassol na janela;
* Um longo caminho para casa;
* Diva;
* O seminarista;
* Escrava Isaura;
* Dom Casmurro;
* Literatura em quadrinhos;
* O céu está caindo;
* A herdeira;
* A senhora do jogo;
* O reverso da medalha;
* Marley e EU;
* Os imortais;
* Nada dura para sempre;

Boa viagem!!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

POESIAS BRASILEIRAS

Cecília Meireles


--------------------------------------------------------------------------------

Retrato


Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.


Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.


Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Fernando Pessoa

"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."

Fernando Pessoa


JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade


As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 6 de setembro de 2011

FIGURAS DE LINGUAGEM

FIGURAS DE LINGUAGEM


As figuras de linguagem são divididas em: figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

Figuras de som

a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral.”

c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Eu que passo, penso e peço.”

Figuras de construção

a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“ E sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”

d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.”

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.

• De número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.

• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”

Figuras de pensamento

a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
“Os jardins têm vida e morte.”

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)
“Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”

g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!”

Figuras de palavras

a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:
Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:
...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
A luz crua da madrugada invadia meu quarto.

Vícios de linguagem

A gramática é um conjunto de regras que estabelece um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas, em se tratando da linguagem escrita. O ato de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maior expressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.
pesquiza (em vez de pesquisa)
prototipo (em vez de protótipo)

b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.
Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)

c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.
O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)

d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.
Paguei cinco mil reais por cada.

e) pleonasmo vicioso: consiste na repetição desnecessária de uma ideia.
O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.
Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, este não é considerado vicioso.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CONTEÚDO PARA VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM!!!



ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL

Uma oração é considerada subordinada adverbial quando se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adverbial. São introduzidas pelas conjunções subordinativas e classificadas de acordo com as circunstâncias que exprimem. Podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.

- causais: indicam a causa da ação expressa na oração principal.
As conjunções causais são: porque, visto que, como, uma vez que, posto que, etc.
Ex: A cidade foi alagada porque o rio transbordou.

- consecutivas: indicam uma conseqüência do fato referido na oração principal.
As conjunções consecutivas são: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que, etc.
Ex: A casa custava tão cara que ela desistiu da compra.

- condicionais: expressam uma circunstância de condição com relação ao predicado da oração principal. As conjunções condicionais são: se, caso, desde que, contanto que, sem que, etc.
Ex: Deixe um recado se você não me encontrar em casa.

- concessivas: indicam um fato contrário ao referido na oração principal. As conjunções concessivas são: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que, etc.
Ex: Embora tudo tenha sido cuidadosamente planejado, ocorreram vários imprevistos.

- conformativas: indicam conformidade em relação à ação expressa pelo verbo da oração principal. As conjunções conformativas são: conforme, consoante, como, segundo, etc.
Ex: Tudo ocorreu como estava previsto.

- comparativas: são aquelas que expressam uma comparação com um dos termos da oração principal. As conjunções comparativas são: como, que, do que, etc.
Ex: Ele tem estudado como um obstinado (estuda).

- finais: exprimem a intenção, o objetivo do que se declara na oração principal. As conjunções finais são: para que, a fim de que, que, porque, etc.
Ex: Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir melhor.

- temporais: demarca em que tempo ocorreu o processo expresso pelo verbo da oração principal. As conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, antes que, desde que, ...
Ex: Eu me sinto segura assim que fecho a porta da minha casa.

- proporcionais: expressam uma idéia de proporcionalidade relativamente ao fato referido na oração principal. As conjunções proporcionais são: à medida que, à proporção que, quanto mais...tanto mais, quanto mais...tanto menos, etc.
Ex: Quanto menos trabalho, tanto menos vontade tenho de trabalhar.

Algumas orações subordinadas adverbiais podem apresentar-se na forma reduzida, com o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. São:

- causais: Impedido de entrar, ficou irado.
- concessivas: Ministrou duas aulas, mesmo estando doente.
- condicionais: Não faça o exercício sem reler a proposta.
- consecutivas: Não podia olhar a foto sem chorar.
- finais: Vestiu-se de preto para chamar a minha atenção.
- temporais: Terminando a leitura, passe-me o texto.

Por Marina Cabral



CONCORDÂNCIA NOMINAL


REGRA GERAL


O artigo, o pronome, o adjetivo e o numeral devem concordar em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o substantivo a que se refere.



Exemplo:

O alto ipê cobre-se de flores amarelas.

Adj. Adjetivo
Faz duas horas que cheguei de viagem.

Num.

OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL

1. Um adjetivo após vários substantivos

1.1 Quando os substantivos são do mesmo gênero há duas concordâncias:

a) assumir o gênero do substantivo e vai para o plural:
exemplo: Encontramos um jovem e um homem preocupados.
Adjetivo

No exemplo acima o adjetivo assumiu o gênero masculino e foi para o plural.

b) concordar só com o último substantivo em gênero e número:

Exemplo: Ela tem irmão e primo pequeno.

Adjetivo

Acima o adjetivo assumiu o gênero masculino e concordou só com o último substantivo.

Observação:

Quando os substantivos são do mesmo gênero as duas concordâncias podem ser usadas, embora a primeira seja mais adequada porque mostra que a característica é atribuída aos dois substantivos.

Se o último substantivo estiver no plural, a concordância só poderá ficar no plural.

Exemplo: Ele possui perfume e carroscaros.

Se o adjetivo funcionar como predicativo, o plural será obrigatório.

Exemplo: O irmão e o primo dele são pequenos.

VL Predicativo
1.2 Quando os substantivos são de gêneros diferentes também há duas possibilidades:

a) ir para o masculino plural:

Exemplo: “Uma solicitude e um interesse mais que fraternos.” (Mário Alencar)

b) concordar só com o substantivo mais próximo:

Exemplo: A Marinha e o Exército brasileiro estavam alerta.
Observação:

No caso de substantivos de gêneros diferentes o adjetivo irá para o masculino plural, se o adjetivo tiver a função de predicativo.

Exemplo: O aluno e a aluna estão reprovados.

VL Predicativo
2. Um adjetivo anteposto a vários substantivos
A concordância se dará com o substantivo mais próximo.

Exemplo: Tiveste má idéia e pensamento.

Velhos livros e revistas estavam empilhados na prateleira.

Observação:

Quando o adjetivo exerce a função de predicativo, ele pode concordar só com o primeiro ou ir para o plural.

Exemplo: Ficou reprovada a aluna e o aluno.

Ficaram reprovados a aluna e o aluno.

Se o adjetivo anteposto referir-se a nomes próprios, o plural será obrigatório.
Exemplo: As simpáticas Lúcia e Luana são irmãs.

3. Um substantivo e mais de um adjetivo

Admitem-se duas concordâncias:

a) Quando o substantivo estiver no plural, não se usa o artigo antes dos adjetivos.

Exemplo: Estudava os idiomas francês e inglês.

b) Se o substantivo estiver no singular, o uso do artigo será obrigatório a partir do segundo adjetivo.

Exemplo: Estudo a língua inglesa, a francesa e a italiana.

4. É bom, é necessário, é proibido

Essas expressões concordam obrigatoriamente com o substantivo a que se referem, quando for precedido de artigo. Caso contrário são invariáveis.

Exemplo: Vitamina C é bom para saúde.

É necessária muita paciência.

5. Um e outro (num e noutro)

Nesse caso o substantivo fica no singular e o adjetivo vai para o plural.

Exemplo: Numa e noutra questão complicadas ela se confundia.

6. Anexo, incluso, apenso, próprio, obrigado
Por serem adjetivos, concordam com o substantivo a que se referem.

Exemplo: Seguem anexos os acórdãos.

A procuração está apensa aos autos.

Os documentos estão inclusos no processo.

Obrigado, disse o rapaz.

Elas próprias resolveram os exercícios.

Observação

A expressão em anexo é invariável.

Exemplo: Em anexo segue a procuração

Em anexo segue o despacho.

7. Mesmo, bastante

Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for advérbio permanece invariável. Quando é pronome concorda com a palavra a que se refere.

Exemplo: Os alunos mesmos resolveram o problema.

Pronome

Os alunos resolveram mesmo o problema. Nesse caso mesmo = realmente

Advérbio

Haviam bastantes razões para ela reclamar.

Pronome

Eles chegaram bastante cedo ao aeroporto.

Advérbio



8. Menos, alerta

São palavras invariáveis.

Exemplo: O Amazonas é o Estado menos populoso do Brasil.

Havia menos alunas na sala hoje.

Os soldados estavam alerta.

Observação

Atualmente alerta vem sendo utilizada no plural.

Exemplo: Nossos chefes estão alertas.

9. Meio

Essa palavra pode ser numeral ou advérbio.

a) Quando for numeral é variável e concorda com a palavra a que se refere.

Exemplo: Tomou meia garrafa de champanhe.

numeral
Isso pesa meio quilo.

numeral

b) Se for advérbio é invariável.

Exemplo: A porta estava meio aberta.

Advérbio

Ele anda meio cabisbaixo.

Advérbio

10. Muito, pouco, longe, caro

Quando essas palavras funcionam como adjetivo variam de acordo com a palavra a que se referem. Se funcionarem como advérbio são invariáveis.

Exemplo: Muitos alunos compareceram à formatura.

Adjetivo

Os perfumes eram caros.

Adjetivo

As mensalidades escolares aumentaram muito.

Advérbio

Vocês moram longe.

Advérbio

11. Só

a) Quando tem o significado de sozinho(s) ou sozinha(s) essa palavra vai para o plural.


Exemplo: Joana ficou só em casa. (sozinha)

Lúcia e Lívia ficaram sós. (sozinhas)

b) Ela é invariável quando significa apenas/somente.

Exemplo: Depois da guerra só restaram cinzas. (apenas)

Eles queriam ficar só na sala. (apenas)

Observação

A locução adverbial a sós é invariável.

12. Possível

Quando acompanhada de expressões superlativas (o mais, a menos, o melhor, a pior) varia conforme o artigo que integra as expressões.

Exemplo: As previsões eram aspiorespossíveis.

Recebemos a melhor notícia possível.

13. Pronomes de tratamento

Os pronomes de tratamento sempre concordam em 3ª pessoa.

Exemplo: Vossa Santidade está muito preocupado.

3ª P.S

CONCLUSÃO


Neste tutorial foi mostrada a concordância nominal dos substantivos perante adjetivos, advérbio, pronomes e numerais. Vimos que adjetivos antepostos aos substantivos concordam com o mais próximo, porém se exerce a função de predicativo pode concordar de duas maneiras: com o mais próximo ou ir para o plural. No caso do adjetivo vir após vários substantivos a concordância já muda, pois se os substantivos forem do mesmo gênero há duas possibilidades: ir para o plural ou assumir o gênero do substantivo.

Enfim, este tutorial servirá como base de estudos com relação a Concordância Nominal, mas devemos nos lembrar que a Língua Portuguesa requer bastante estudo e só este tutorial não suprirá tais necessidades. O aprofundamento deverá ser feito através das Gramáticas, dicionários e afins.


CONCORDÂNCIA VERBAL



Regra geral, o verbo deve concordar com o sujeito em número e pessoa. Exemplos:

O gerente falou com a secretária
A secretária e suas auxiliares não compareceram à reunião.

Os casos mais interessantes são expostos a seguir.

Sujeito coletivo

Se o sujeito for um coletivo do singular seguindo de um complemento no plural, o verbo pode ir para o plural ou permanecer no singular:

A série de notas fiscais referentes ao pagamento das mercadorias adquiridas no mês de março próximo passado está sendo enviada a V.Sa. através de nosso representante.
A série de notas fiscais está...
O conjunto de duplicatas é...
O número de papéis e documentos é inferior...
A multidão foi levada...
A maioria das notas fiscais é tirada no computador.

Há casos, porém, em que o redator percebe a fraqueza gramatical diante da idéia que quer transmitir:

A maior parte dos executivos lêem jornais pela manhã.

Um coletivo geral determina que o verbo permaneça no singular:

O povo queria eleições diretas para presidência da República.
O exército não se conformou com o papel que lhe reservou a nova Constituição.

A tendência hoje é pela concordância com a expressão utilizada. Da mesma forma, uma expressão partitiva tanto pode levar o verbo para o plural, como admitir o uso do singular:

A maior parte dos funcionários conseguiu...
Uma porção de notas promissórias vence...
Um grupo de notas promissórias estão rasuradas.

Há outras expressões cujo procedimento quanto ao uso de singular e plural é semelhante; são elas: uma porção de, o grosso de, o resto de.

Sujeito - Pronome Relativo

Sou uma pessoa que não ofende ninguém.
Sou uma pessoa que não ofendo ninguém.

O segundo caso é mais enérgico e afetivo que o primeiro, pois o verbo na terceira pessoa (ofende) é quase indeterminada, sem nenhuma intensidade afetiva, é plano. A segunda frase é muito mais carregada de sentimento, muito mais viva e eficaz.
Se o verbo tiver com sujeito o pronome relativo que, ele concordará em número e pessoa com o antecedente deste pronome:

Fui eu que lhe remeti os documentos.
És tu, Deolindo, que vais ao escritório do Sr. Xavier?
Foram as garotas da promoção que me disseram...

Se, no entanto, o relativo que vier antecedido da expressão um dos, o verbo vai para a 3ª pessoa do plural, raramente para a 3ª pessoa do singular:

Bartolo é um dos gerentes que têm conseguido prestígio.

Sujeito é o pronome QUEM

Fui eu que lhe escreveu semana passada.
És tu quem me remeterá os relatórios?

Mas é também possível admitir a concordância com o pronome pessoal:

Fui eu quem lhe escrevi semana passada.
És tu quem me remeterá o relatório.

Sujeito com o verbo no infinitivo

As secretárias parece terem gostado do estagiário.
As secretárias parecem ter gostado do estagiário.

É indiferente gramaticalmente o uso do singular ou do plural. A diferença é semântica e estilística. Estilisticamente, o emprego do verbo parecer no singular entorpece a construção, tira-lhe a graça, tornado-a rasa e artificial. Quando se diz "as secretárias... ter" a frase ganha mais vida e intensidade afetiva.

Sujeito com o verbo pronominal

Não se pode realizar esses projetos.
Não se podem realizar esses projetos.

No primeiro casa chama-se a atenção para a ação: realizar, ou seja, "não é possível realizar esses projetos". No segundo, em virtude da concordância, a atenção concentra-se em projetos. Gramaticalmente, pode-se considerar realizar como sujeito e projetos como objeto e pode-se também considerar projetos como sujeito e então o verbo vai para o plural. Em geral prefere-se a concordância no plural.

Sujeitos de pessoas gramaticais diferentes

Se houver dois ou mais sujeitos de pessoas gramaticais diferentes, o verbo irá para o plural, concordando com a pessoa que tem precedência na ordem gramatical.

Eu e tu=nós
Eu e ele=nós
Eu, tu e ele=nós
Tu e ele=vós
Você e ela=eles

Marcos e tu fizestes o que havia sido recomendado?
Eu e tu estivemos a semana toda estudando, e agora não há o que reclamar.
Tu e eu redigiremos o relatório.
Eu e o vendedor fizemos um acordo.
Tu e o diretor já conhecíeis a política da empresa.
Você e a secretária não sabiam que decisão tomar?

Portanto o verbo vai para a 1ª pessoa do plural se entre os sujeitos houver um da 1ª pessoa. Irá para a 2ª pessoa do plural se, não havendo sujeito da 1ª pessoa, houver um da 2ª. Somente irá para a 3ª pessoa do plural se os sujeitos forem da 3ª pessoa.

Verbo antecedido de vários sujeitos

Se houver mais de um sujeito singular antecedendo um verbo, este ficará no singular ou irá para o plural:

A nota fiscal e a duplicata registram informações importantes.
Registram informações importantes a nota fiscal e a duplicata.
Registra informações importantes a nota fiscal e a duplicata.

No caso de sujeito de números diversos (singular e plural) precedendo o verbo, este vai para o plural. Se estes sujeitos estiverem depois dele, o verbo poderá ficar no singular se o sujeito mais próximo estiver no singular:

O funcionário e os clientes reconheceram-se culpados.
Reconhecera-se culpado o funcionário e os clientes.
Reconheceram-se culpados os clientes e o funcionário.

Sujeito composto + palavra que os resuma

Se o sujeito for composto e houver palavras que os resuma, o verbo concordará com esta palavra.

Relatório, correspondências, memorandos nada o levava a tomar uma atitude diferente.
Clientes, fornecedores de serviços, vendedores, ninguém queria visitá-lo durante a semana Santa.
Datilografias esmeradas, estética apurada, asseio, tudo contribui para uma apresentação agradável.

Sujeitos ligados por como, bem como...

Dois sujeitos do singular ligados por como, bem como, assim como, do mesmo modo que, tanto...como, não só... mas também requerem análise: se se tratar de adição, coloca-se o verbo no plural; se se tratar de comparação, coloca-se o verbo no singular:

O reajuste salarial de junho, da mesma forma que o de março, não alterou seu padrão de vida.
A disciplina, assim como o arrojo, fizeram dele profissional invejável.

Sujeito constituído por cerca de, mais de, menos de

Sujeito constituído por expressões que indicam quantidade aproximada determina que a concordância se faça com o complemento dessas expressões:

Cerca de cem estudantes adquiriam os livros.
Menos de dez pessoas entraram na loja.

A expressão mais de um determina o verbo no singular:

Mais de um executivo viajou para o Rio de Janeiro

Se essas expressões se repetirem, o verbo irá para o plural.

O Sujeito é um pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido plural

Se o sujeito for constituído pelos pronomes indicados, o verbo pode permanecer na 3ª pessoa do plural ou concordar com o pronome pessoal que indica o todo:

Quantos, entre os empregados, estariam dispostos a participar dos festejos?
Quantos, entre vós, estaríeis dispostos...

Se o interrogativo estiver no singular, o verbo ficará no singular.
Nas orações interrogativas que utilizam quem ou o que, faz-se a concordância com o substantivo ou pronome que vier depois do verbo:

Quem são os clientes?
Quem és tu, ó Florentina?
Quem sois vós que tanto me aperreias?
Que será isso que aconteceu?
O que são estragos, defeitos?

Sujeitos ligados por ou e por nem

Se ligados por essas conjunções, o verbo tanto pode ir para o plural como ficar no singular, conforme se queira ou não atribuir a ação a todos os sujeitos:

Ou o Departamento de Vendas ou o de Promoção terá de alterar o comportamento...
Nem o Departamento de Vendas nem o de Promoção tiveram de alterar o comportamento.

Se a ação só pode ser atribuída a um deles, o verbo ficará no singular:

Ou o gerente ou o diretor será responsável.

As expressões um ou outro ou nem um nem outro admitem o verbo no singular.

Um ou outro teria de digitar o relatório.
Nem uma nem outra respondeu acertadamente à questão.

Já a locução um e outro leva, com freqüência, o verbo no plural:

Um e outro auxiliar de escritório admitiam estar enganados.

Sujeitos ligados por com

Regra geral, o verbo vai para o plural quando a idéia que se quer transmitir é de soma:

O chefe da seção com o gerente recorreram a argumentos de força para estimular seus funcionário.
Se se desejar realçar um dos elementos, o verbo poderá ficar no singular.
O office-boy, com todos os jovens da empresa, resolveu formar um time de basquete.

Sujeitos ligados por conjunção comparativa

Admitem o verbo tanto no singular como no plural:

Tanto João Crisótomo como Benedito participaram...
O serviço, como qualquer produto, deve ter preço justo.

Observe-se que o primeiro elemento foi destacado.

Sujeito expresso por horas

Se aparecer na frase a palavra relógio como sujeito, o verbo ficará no singular:

O relógio deu 15 horas.

O verbo dar deve concordar regularmente com o sujeito expresso:

Deram 10 horas no relógio da matriz.
Iam dar 18 horas, quando o diretor reuniu todos os gerentes.

Concordância com o verbo "ser"

Se o sujeito do verbo ser ou parecer for constituído pelos pronomes: isto, isso, aquilo, tudo e o predicativo estiver no plural, o verbo irá para o plural:

Isto são ossos duros de roer.
Aquilo pareciam-me bisbilhotices...
Eram tudo falcatruas de profissional incompetente.

Se o sujeito designar pessoa, o verbo concordará com ele:

Ela era as alegrias da casa.
Jaime foi os terrores de seu bairro.

Se o sujeito é constituído de um substantivo e o verbo ser vem seguido de pronome pessoal, o verbo concordará com o pronome:

Os funcionários mais aplicados somos nós.
Os maiores diretores sois vós.
Os verdadeiros profissionais são eles.

Nas orações interrogativas com utilização de quem, o verbo concorda com o substantivo ou pronome que lhe segue



REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Profª Odete Antunes

A sintaxe de regência cuida especialmente das relações de dependência em que se encontram os termos na oração ou as orações entre si no período composto. Os termos, quando exigem a presença de outro, chamam-se regentes ou subordinantes; os que completam a significação dos anteriores chamam–se regidos ou subordinados. Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ocorre a regência nominal.

Veja:
Agora note:

Quando um termo REGENTE é um VERBO, ocorre a REGÊNCIA VERBAL.

Voltemos:

Agora veja:

Como você deve ter notado, quando o termo REGENTE é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ocorre a REGÊNCIA NOMINAL, tanto no período simples quanto no composto por subordinação.

Nota: Na regência verbal, o termo regido pode ser ou não preposicionado: na regência nominal, ele é obrigatoriamente preposicionado.

A palavra REGÊNCIA vem do verbo reger (reger = -ência), e este do latim Regere = dirigir, guiar, conduzir, governar.

Dessa forma, regente é aquele que DIRIGE, CONDUZ, GOVERNA, e regido é aquele que é DIRIGIDO, CONDUZIDO, GOVERNADO.

Fique atento a isto:

O termo que completa o sentido de um verbo é chamado OBJETO. O objeto (termo regido) pode estar ligado (ao termo regente) por meio da preposição ou não. Se completar o verbo sem preposição obrigatória, recebe o nome de objeto direto, e pode ocorrer em período simples ou composto por subordinação.

Veja o exemplo:

Notou no exemplo que este verbo CHAMAR não pede a preposição para ter significação no seu complemento? Temos aqui um período simples, (oração que apresenta apenas um verbo ou locução verbal).

No caso de dúvida(s) se o “a” é preposição ou artigo, tente substituí-lo pela preposição para. Se não der é porque não é preposição. Caso permaneça em dúvida consulte em nosso site a aula sobre Crase.

Outra dica para saber também se o complemento verbal é objeto direto ou indireto é só você fazer a pergunta depois do verbo, por exemplo, chama quem? Resposta: A atenção.

Troque o complemento “a resposta” pelo pronome isto, assim: chama quem? Resposta: isto. O pronome "isto" pediu preposição? Não, então o complemento do verbo é objeto direto.

Se o termo completar o sentido do verbo por meio da preposição obrigatória, então, o complemento verbal é objeto indireto. Veja o exemplo:

Notou que o verbo pede a preposição para que o complemento verbal tenha sentido?

Agora troque o complemento verbal pelo pronome NISTO. Acredita em quê? Resposta: Nisto (contração da preposição "em" + o pronome "isto" = nisto). Fácil, não é?

No período composto por subordinação o processo é o mesmo.

Veja o exemplo:

Que é que o público exigia? Resposta: que os ingressos fossem devolvidos.

Trocando a oração subordinada pelo pronome ISTO, temos como resposta: O público exigia isto.

Notou que o verbo EXIGIR não pediu a preposição? É por isto que a oração exemplificada é classificada como oração subordinada substantiva objetiva direta.

Note agora:

Substituindo a oração subordinada pelo pronome NISTO, temos: Meus pais insistiam nisto.

NISTO é a contração da preposição em + o pronome isto.

Espero que você tenha entendido e gostado da explicação!

Para lembrar, veja o quadro abaixo:

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
VTD verbo transitivo direto (não exige preposição)
OD objeto direto (completa o sentido de um verbo transitivo direto)
VTI verbo transitivo indireto (exige a preposição)
OI objeto indireto (completa o sentido de um verbo transitivo indireto)
VTDI verbo transitivo direto e indireto
CN complemento nominal (completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio)
VV vozes verbais
VA voz ativa: sujeito agente
VPA voz passiva analítica (verbo ser + particípio)
VPS voz passiva sintética (com o pronome “se”)
VPR voz passiva reflexiva (sujeito agente e paciente)


REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS

ASPIRAR

• No sentido de 'almejar', 'pretender', pede complemento com a preposição 'a' (objeto indireto):


• No sentido de 'cheirar', 'sorver', 'inalar', pede complemento sem preposição (objeto direto):

ASSISTIR

• No sentido de 'prestar assistência', 'dar ajuda', é normalmente empregado com complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'ver', 'presenciar como espectador', pede complemento com a preposição 'a' (objeto indireto):

• No sentido de ‘caber’, ‘pertencer’ pede complemento com a preposição 'a' (objeto indireto):

CHAMAR
• No sentido de ‘convocar’, ‘mandar vir’, exige complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'cognominar', 'dar nome', pode ser tanto transitivo direto como indireto (com o objeto indireto regido pela preposição 'a' seguido de predicativo do objeto introduzido ou não pela preposição 'de'. Há, portanto, quatro construções possíveis:

Caso o complemento (objeto direto ou indireto) esteja representado por um pronome oblíquo átono, teremos as seguintes construções:

Chamei-o de covarde. Chamei-lhe de covarde.

Chamei-o covarde. Chamei-lhe covarde.

ESQUECER, LEMBRAR
• Quando não forem acompanhados de pronome oblíquo átono, pedem complemento sem preposição (objeto direto).

• Quando forem acompanhados de pronome oblíquo átono, pedem complemento com preposição 'de' (objeto indireto):

CUSTAR
Empregado no sentido de 'ser custoso', 'ser difícil', pede complemento introduzido pela preposição 'a' (objeto indireto) e tem seu sujeito representado por uma oração com verbo no infinitivo:

IMPLICAR
• No sentido de 'trazer como conseqüência', 'acarretar', exige complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'mostrar-se impaciente', 'demonstrar antipatia', exige complemento com a preposição 'com' (objeto indireto):

INFORMAR
Normalmente é usado com dois complementos: um sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto). Admite duas construções: informar alguma coisa a alguém ou informar alguém de (ou sobre) alguma coisa.

Esta regra a respeito do verbo INFORMAR aplicar-se também aos verbos AVISAR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR, NOTIFICAR e PREVENIR.

OBEDECER
Na linguagem culta deve ser empregado como transitivo indireto, com o complemento introduzido pela preposição 'a':

NAMORAR
Quando usado com complemento, é transitivo direto; portanto o complemento não deve vir introduzido por preposição:

PAGAR / PERDOAR
Se o complemento denota coisa, deve ir sem preposição (objeto direto); mas se o complemento denota pessoa, deve vir regido pela preposição 'a' (objeto indireto).

PREFERIR
Na linguagem culta, o verbo preferir deve ser empregado com dois complementos: um sem preposição (objeto direto) e outro com a preposição 'a' (objeto indireto)



PROCEDER
• No sentido de 'ter fundamento', 'mostrar-se verdadeiro', é empregado sem complemento (verbo intransitivo):



• No sentido de 'originar-se', 'provir', é transitivo indireto com complemento regido pela preposição 'de':

• No sentido de 'levar a efeito', 'executar', 'realizar', é transitivo indireto com complemento regido pela preposição 'a':

QUERER
• No sentido de 'desejar', 'ter vontade de', pede complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'estimar', 'ter afeto', é transitivo indireto com complemento regido pela preposição 'a':

SIMPATIZAR
Pede complemento com a preposição 'com' (objeto indireto).

VISAR

• No sentido de 'mirar' e de 'dar visto', pede complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'ter vista', 'objetivar', é transitivo indireto com complemento regido pela preposição 'a':

PARA NÃO ESQUECER

Os pronomes o, a, os, as deve ser empregados como complemento de verbos transitivos diretos e os pronomes lhe, lhes como complementos de verbos transitivos indiretos:

Quer uma mesa nova.
—> Quero-a.
Quero a meus pais.
—> Quero-lhes.

Paguei o empréstimo.
—> Paguei-o.
Paguei ao gerente.
—> Paguei-lhe.

Convidei meus pais.
—> Convidei-os.
Obedeço a meu pai.
—> Obedeço-lhe.

REGÊNCIA NOMINAL


A regência verbal ou nominal determina se os seus complementos são acompanhados por preposição.

Os nomes pedem complemento nominal; e os verbos, objetos diretos ou indiretos.
Exemplo:

- Ela tem necessidade de roupa.

Quem tem necessidade, tem necessidade “de” alguma coisa.
De roupa: complemento nominal.

- Fiz uma referência a um escritor famoso.

Quem faz referência faz referência “a” alguma coisa.
A um escritor famoso: complemento nominal

Na verdade, não existem regras. Cada palavra exige um complemento e rege uma preposição.

Muitas regências nós aprendemos de tanto escutá-las, porém não significa que todas estejam corretas.

“Prefiro mais cinema do que teatro.”

Escutamos esta frase quase todos os dias.

Preferir mais, não existe, pois ninguém prefere menos. É, portanto, uma redundância.

Quem prefere prefere alguma coisa “a” outra. A frase ficaria correta desta forma: “Prefiro cinema a teatro”.

O verbo preferir é transitivo direto e indireto e o objeto indireto deve vir com a preposição. “a”.

“Prefiro isso do que aquilo.”

Do que é uma regência popular e deve ser evitada em provas, redações e concursos.

“Prefiro ir à praia a estudar.” (Preferir a + a praia: a + a: à – veja Crase).

Acessível a

Acostumado a ou com

Alheio a

Alusão a

Ansioso por

Atenção a ou para

Atento a ou em

Benéfico a

Compatível com

Cuidadoso com

Desacostumado a ou com

Desatento a

Desfavorável a

Desrespeito a

Estranho a

Favorável a

Fiel a

Grato a

Hábil em

Habituado a

Inacessível a

Indeciso em

Invasão de

Junto a ou de

Leal a

Maior de

Morador em

Natural de

Necessário a

Necessidade de

Nocivo a

Ódio a ou contra

Odioso a ou para

Posterior a

Preferência a ou por

Preferível a

Prejudicial a

Próprio de ou para

Próximo a ou de

Querido de ou por

Residente em

Respeito a ou por

Sensível a

Simpatia por

Simpático a

Útil a ou para

Versado em

terça-feira, 30 de agosto de 2011

CURIOSIDADES!!!

VOCÊ SABIA?

O coração humano produz pressão suficiente para jorrar o sangue para fora do corpo a uma distância de 10 metros.

A pulga pode pular até 350 vezes o comprimento do próprio corpo. É como se um homem pulasse a distância de um campo de futebol.

O músculo mais forte do corpo é a língua.

Elefantes são os únicos animais que não conseguem pular.

As borboletas sentem o gosto com os pés.

O bagre tem mais de 27 000 papilas gustativas.

Alguns leões se acasalam até 50 vezes em um dia.

(Diogo Godoi)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O estudante III




Adelaide Carraro
BIOGRAFIA

Nasceu em Vinhedo, interior de São Paulo, em 30 de julho de 1936. Ficou órfã com mais onze irmãos, e passou a viver em um orfanato. No decorrer de sua vida publicou cerca de quarenta livros e seus maiores sucessos foram as obras publicadas pela Global Editora: O Estudante, O Estudante II, O Estudante III e Meu Professor, Meu Herói, que ultrapassam mais de trinta edições, sendo possível afirmar que mais de 2 milhões de livros foram vendidos. Adelaide Carraro nunca se casou, mas foi mãe adotiva de duas crianças. Morreu em janeiro de 1992. Pela Global Editora tem as seguintes obras: O Estudante, O Estudante II, O Estudante III e Meu Professor, Meu Herói.


O ESTUDANTE III
DESCRIÇÃO

"Nessa história, Rosana apaixona-se e pretende se casar. Mas um dia seu noivo descobre que ela é filha de uma negra (Zefa, a cozinheira da família Lopes Mascarenhas) e a deixa. Mais uma vez o racismo atrapalha a vida de Rosana, só que agora é ela que se descobre racista, expulsando Zefa de casa. Roberto descobre seu amor pela irmã de criação. Sendo o amor recíproco, eles se casam. Essa união parece que será feliz, até o dia em que Rosana tem uma filha negra e começa a rejeitá-la. Será Vítor - o garoto que Rosana havia conhecido na praça da Sé e ajudara a iniciar os estudos para ser padre - que convencerá Rosana de que a criança merece o amor da mãe, independentemente da cor de sua pele. É então que Rosana se sente arrependida e volta para a filha, além de trazer Zefa de volta.
Numa linguagem coloquial, o livro permite uma discussão sobre o racismo e sobre como se dá o desenvolvimento de uma personalidade, podendo ser trabalhadas as causas que levam as pessoas a agirem de determinadas maneiras e, portanto, a assumirem o controle do próprio destino.''


Fonte: GOOGLE

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

FIGURAS DE LINGUAGEM!!!

CATACRESE


"Figura de linguagem que consiste no emprego de palavras fora do seu signo real. No entanto, pelo uso frequente não se percebe que estão sendo utlizados em sentido figurado".

Exemplos:

* A menina quebrou o da mesa;
* Coloque dois dentes de alho no arroz;
* Quem quebrou o bico do bule?
* Aquela cabeça de cebola estava estragada.


IRONIA

Figura que consiste em utilizar um termo em sentido oposto ao original.

Ex: Seu desempenho nesse bimestre foi sensacional (reprovado em 7 matérias).

GRADAÇÃO


Consiste na apresentação de ideias em progresso crescente e descrescente.

Ex: Tudo na vida se constrói, transforma, destrói e passa.



HIPÉRBOLE

Consiste no exagero da expressão com a intenção de realçar, salientar uma ideia.

Ex: "Mas se ela chamar diz que eu vou
Correr sete léguas de amor
Beber sete litros de mar"
(Carlos Lyra e Chico Buarque)

(Fonte: Nicola José de, Ernani Terra. 1001 dúvidas de português - versão portátil/ São Paulo: Saraiva, 2006).


"FIQUE ATENTO AO USO DAS FIGURAS DE LINGUAGEM NO SEU COTIDIANO".

sábado, 13 de agosto de 2011

PAI!!!

Como É Grande Meu Amor Por Você
Roberto Carlos

Eu tenho tanto pra lhe falar
Mas com palavras não sei dizer
Como é grande o meu amor por você
E não há nada pra comparar
Para poder lhe explicar
Como é grande o meu amor por você
Nem mesmo o céu nem as estrelas
Nem mesmo o mar e o infinito
Não é maior que o meu amor nem mais bonito
Me desespero
A procurar
Alguma forma de lhe falar
Como é grande o meu amor por você
Nunca se esqueça nem um segundo
Que eu tenho o amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você


Meu Pai
Daniel
Composição: Tivas / José Victor

Não é porque ele é meu pai
Que eu escrevi esta canção
Fiz bem mais pela beleza
De um senhor com uma grandeza
Além da imaginação
Não é porque ele é meu pai
Que eu o exalto tanto assim
É que pela minha idade
Esse anjo de bondade
Ainda cuida bem de mim
Me aconselha a todo instante
Me dá carinho dá amor
Ele é um raro diamante
De indiscutível valor
É meu amigo do peito
Eu tenho orgulho de falar
Esse homem tão direito
Diplomado em respeito
É um exemplo em nosso lar
Não é porque ele é meu pai
Que eu escrevi esses versos
É que ele se sobressai
Entre os pais do universo
Queria ser mais que um poeta
Nessa rima que se encerra
E essa canção ser um troféu
Pois pra mim é Deus no céu
E o meu pai aqui na Terra.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

HOMOFOBIA

O que é a homofobia?

"Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afectivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista e da discriminação anti-homossexual.


O que é o heterossexismo?

O termo "heterossexismo" não é familiar para muitos porque é relativamente recente. Só há relativamente pouco tempo é que tem sido utilizado, juntamente com "sexismo" e "racismo", para nomear uma opressão paralela, que suprime os direitos das lésbicas, gays e bissexuais. Heterossexismo descreve uma atitude mental que primeiro categoriza para depois injustamente etiquetar como inferior todo um conjunto de cidadãos.
Numa sociedade heterossexista, a heterossexualidade é tida como normal e todas as pessoas são consideradas heterossexuais, salvo prova em contrário. A heterossexualidade é tida como "natural", quer em termos de estar próxima do comportamento animal, quer em termos de ser algo inato, instintivo e que não necessita de ser ensinado ou aprendido.

Quando seres humanos dizem que algo é "natural", em oposição a um comportamento "adquirido" através de um processo de aprendizagem, geralmente querem dizer que não é possível desafiá-lo nem mudá-lo e que seria até mesmo perigoso tentar fazê-lo. No passado, dominava a ideia de que os homens eram "naturalmente" melhores nas ciências e no desporto e líderes natos, mas as mulheres tiveram a oportunidade de desafiar estas ideias e de mostrar o homem e a mulher numa perspectiva completamente diferente. Este desafio foi facilmente perpetuado assim que se começou a evidenciar que os homens são empurrados para posições de vantagem por uma sociedade que está estruturada para os beneficiar, um processo (a opressão das mulheres) mais tarde denominado de sexismo. Do mesmo modo, tem-se tornado evidente que a heterossexualidade, tal como a dita superioridade masculina, é tão natural, como adquirida. O facto de a maioria dos homens e mulheres a escolherem como a sua forma preferida de sexualidade tem por vezes mais a ver com persuasão, coerção e a ameaça de ostracização do que com a sua superioridade como forma de sexualidade.

O heterossexismo está institucionalizado nas nossas leis, orgãos de comunicação social, religiões e línguas. Tentativas de impôr a heterossexualidade como superior ou como única forma de sexualidade são uma violação dos direitos humanos, tal como o racismo e o sexismo, e devem ser desafiadas com igual determinação."

terça-feira, 9 de agosto de 2011

FIQUE POR DENTRO

Grafia de estrangeirismos!

Na grafia de palavras estrangeiras devemos obedecer às regras de grafia e acentuação do idioma originário do vocábulo estrangeiro. Sempre procurando marcá-lo através das aspas nos textos manúscritos ou datilografados e com destaque nos textos impressos. Assim, devemos grafar:

Habeas-corpus (latim)
Design (inglês)
Rush (inglês)
Slogan (inglês)
Layout (inglês)
Outdoor (inglês)
Revellion (francês)
Marketing (inglês)
Close-up (inglês)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Classes de Palavras

VARIÁVEIS

*Substantivo;
*Adjetivo;
*Artigo;
*Pronome;
*Verbo;
*Numeral;

INVARIÁVEIS

*Advérbio;
*Preposição;
*Conjunção;
*Interjeição;

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

Narrativos: Conto; fábula; notícia; reportagem; poesia; romance; anedota, etc.

Descritivos: Diário; biografia; autobiografia,etc.

Argumentativo: Artigo de opinião;

Preditivo: Hóroscopo; previsão do tempo, etc.

Injuntivo: Manual de instrução; Lista de compra; regras de trânsito, etc.

Exposição: Debate, seminário, etc.